Autor: PINHEIRO CHAGAS. (Manuel)
Idioma: Português / Portuguese
Por... Segunda Edição. Colecção Antonio Maria Pereira, 39. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 1865. De 19x13 cm. Com198, [i] págs. Encadernação do editor inteira de tela. Ornamentado com cabeções tipográficos. Exemplar com carimbo oleográfico da Biblioteca Particular de Henrique Alvaro Nogueira, na folha de rosto. Contém nas folhas de guarda catálogo do editor. Além do Poema da Mocidade e do poemeto Anjo do Lar inclui um posfacio de António Feliciano de Castilho, elogioso a Pinheiro Chagas também este da escola romântica. Este posfácio, ao jeito de "Critica Litterária" é dirigido ao editor, António Maria Pereira. O Poema da Mocidade acaba por ser recordado pela sua relação com o desencadear da Questão Coimbrã, já que, como é sabido, foram as referências irónicas de Castilho, na sua carta-posfácio, à moderna escola de Coimbra e à sua poesia ininteligível que motivaram as reações de Antero de Quental e Teófilo Braga. A carta de resposta de Antero de Quental (diretamente mencionado no posfácio) a esta provocação, foi por ele intitulada de Bom Senso e Bom Gosto e como que oficializou a contenda. Nesta carta são atacados os valores convencionais das camarilhas instaladas, demonstrando-se grande ânsia de modernização Sublinhe-se apenas que, apesar de extremamente conotada com o romantismo português, a obra de Castilho é, geralmente, considerada medíocre, sendo a relevância do autor mais notória no que toca ao apadrinhamento de outros escritores (prática que levaria Antero a chamar aos prefaciados por Castilho a Escola do Elogio Mútuo).